domingo, 10 de abril de 2011

O povo brasileiro é mais emotivo do que compadecido


O brasileiro chora facilmente e por qualquer dá cá aquela palha, se transforma em lágrimas, comove as outras pessoas, mas na hora de transformar emoção em ação, sofre de uma paralisia momentânea, o que o impede de agir rapidamente ou demoradamente no sentido de amenizar a dor e o sofrimento alheio.

O nosso povo, da mesma maneira que se comove diante de uma tragédia, esquece em pouco tempo o motivo da emoção. Cito como exemplo a tragédia do Morro do Bumba em Niterói, Rio de Janeiro, cujas vitimas até hoje estão morando em abrigos. O mesmo pode ser dito a respeito das vítimas da tragédia da região serrana do Rio de Janeiro.

Quando digo povo brasileiro é obvio que estou me referindo aos nossos governantes. Afinal de contas, o povo, enquanto massa ignara, esse não tem nenhum poder.

No Brasil, diante da tragédia, chora o vereador, o deputado, o prefeito, o governador, o senador e até o presidente da república. É uma choradeira geral, mas essa demonstração de extrema sensibilidade das nossas autoridades, só dura o tempo suficiente para render uma aparição na televisão. E por trás dessa manifestação de emoção e solidariedade, se esconde um interesse político.

O japonês conhecido mundialmente como uma pessoa extremamente fria, faz mais, melhor e com extrema urgência, o que nós pessoas românticas e sensíveis, não conseguimos fazer: nem com rapidez e nem com atraso. É que no Brasil a sucessão problemas faz com que sejamos obrigados a esquecer do problema anterior.

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