O artista acrescentou que buscou inspiração nos santos populares como São Francisco, São Sebastião, Nossa Senhora Aparecida, Santa Clara, Cosme e Damião, São João, São Benedito e outros pintados de formar única por Fransoufer. Compõe a exposição telas como Procissão de Beatas onde Fransoufer estampa a fé dessas mulheres que clamam por chuvas na região nordeste, retratada por ele na técnica óleo sobre tela, no início de 1970.
Fransoufer confessou que a inspiração de seu trabalho parte de suas vivências, estudos, pesquisas e observações do cotidiano. Além de pinturas e esculturas, produz também tecelagem. Em seus trabalhos, Fransoufer gosta de retratar a fauna e flora. Na pintura ele usa óleo sobre tela, na escultura modela a argila no formato do que deseja e tira a fôrma em gesso, que é chamada "perdida" e depois faz a cópia da original em fibra de vidro. No início da carreira, em 1970, Fransoufer buscou referências em artistas como André Breton, Salvador Dalí e De Chirico. Depois participou de coletivas com outros jovens artistas, e mais tarde individuais, realizadas em Brasília e Goiânia.
De volta ao Maranhão, em 1977, conheceu o pintor húngaro Nagy Lajos que iria influenciar decisivamente na carreira do jovem pintor, ensinando-lhe o manusear do pincel e da espátula, a dosar as cores, a usar a luz, a desvencilhá-lo das formas anatômicas , atreladas ao estilo clássico e libertá-lo das amarras das escolas, seguidas pelo maioria dos colegas maranhenses, adotando um estilo próprio através do qual pudesse melhor expressar-se.
Em busca de conhecimento, o pintor realizou duas viagens de estudo na Europa. Na primeira visitou os Museus do Prado, em Madrid, o Louvre em Paris, oportunizando conhecer as obras de grandes pintores e escultores mundiais, principalmente as cerâmicas de Pablo Picasso, resultando, dessa viagem mais uma nova vertente em sua trajetória artística. Também visitou museus em Lisboa, no Vaticano, Milão, Nápoles e outras cidades italianas, inclusive Pompéia. Na segunda viagem, mais demorada, passou um mês em Londres, expondo desenhos elaborados durante a sua estadia, na Galeria Embassy da Universidade de Wimbledon. Visitou, também, a Escócia e Viena, na Áustria. Com uma produção diária em seu ateliê em São Luís, Fransoufer, disse estar feliz com o atual momento que passa a sua vida pessoal e artística. Fonte: O Imparcial
2 comentários:
ÓTIMO CONTEÚDO...PARABÉNS...
Que bom que encontrei este artigo porq vi num documentário na NET mas como peguei na metade nao repetiram o nome nem a cidade do pintor. Belissimo trabalho. Vou pesquisar mais sobre ele.
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