Presidente diz que não pode cobrar do
contribuinte russo a carga de 45 milhões de ucranianos
Em entrevista concedida neste sábado, 19, a
jornalistas russos na emissora de televisão Vesti, o Presidente Vladimir Putin
afirmou que a cobrança pela Rússia da dívida da Ucrânia referente à venda de
gás é uma questão meramente econômica, e não política. A observação de Putin
foi interpretada como uma referência à eleição presidencial ucraniana marcada
para 25 de maio.
Frisando que a Rússia jamais desejaria
provocar uma ruptura na economia da Ucrânia, Putin disse que há contratos entre
as duas partes, criando obrigações recíprocas. Segundo o presidente, em nenhum
momento a Rússia ameaçou cortar o suprimento de gás da Ucrânia, apesar das
sucessivas advertências de que a dívida está se acumulando.
Putin informou ainda que em 7 de abril a Rússia deveria ter recebido da Ucrânia 525 milhões de dólares pelo fornecimento de gás, independentemente do débito acumulado superior a 2,2 bilhões de dólares. Porém, naquela data, nada foi pago.
Por todas estas razões, disse Putin, a Rússia está praticando o
preço de 485 dólares por cada mil metros cúbicos de gás fornecidos à Ucrânia,
com retroatividade ao início de abril, e pensando na possibilidade de exigir
pagamento antecipado pela venda do combustível.
“Não podemos colocar nos ombros do orçamento da Rússia e do
contribuinte russo o fardo de manutenção de 45 milhões de ucranianos”, apontou
Putin.
Também questionado sobre a normalização das relações da Rússia
com o Ocidente, Putin respondeu que isto não depende só da Rússia: “Temos
parceiros no Ocidente e eles precisam, igualmente, refletir sobre este tema.
Não se trata apenas e tão-somente da vontade russa. A disponibilidade para o diálogo
deve ser mútua”, respondeu o chefe de Estado russo. Fonte: Diário da Rússia
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