sexta-feira, 25 de julho de 2014

Coronel Lídio: "A gente prende, mas a justiça solta"

O comandante da Policia Militar do estado do Piauí, o coronel Lídio Filho tem a receita para resolver o grave problema da violência no seu estado. “A polícia tá nas ruas, mas é uma questão social. Temos que ocupar nossos jovens. Estamos perdendo eles para o mundo do crime. Não adianta tirar as armas de circulação sem ações educativas.”

Feito esse diagnóstico pefeito, cabe agora a esse coronel apresentá-lo ao governo do estado, a quem cabe criar o 'ambiente social necessário', que permita aos jovens piauienses não ingressarem no mundo da marginalidade. Concordo com o coronel Lídio Filho, quando ele afirma que sem ações educativas as famílias e o estado perdem os seus jovens para o exército do tráfico. Agora, com base nessa tese formulada e defendida por esse militar, formulamos uma pergunta à sociedade piauiense: o que efetivamente o governo estadual vem fazendo para reduzir os níveis de criminalidade? Até aqui só discursos vazios.

Os governantes piauienses não conseguem oferecer alternativas aos jovens deste estado, porque eles vivem num estado onde não existe mercado, porque não existe um parque industrial que permita absorver milhares de jovens que anualmente precisam ingressar no mercado.   

A situação no estado do Piauí - só não é muito mais grave, graças à indústria da construção civil que responde com quase 90% dos empregos formais, ou seja, com carteira assinada.  

A justiça solta os delinquentes profissionais e delinquentes juvenis, amparada nas leis. A propósito: o coronel Lídio Filho anda repetindo o mesmo discurso do ex-secretário Robert Rios para justificar a incapacidade do aparato policial civil militar deste estado, no combate a uma violência que anda aterrorizando a sociedade piauiense.

O aparato de segurança do estado do Piauí precisa usar mais de inteligência, do que da força de repressão, da força física, porque esse tipo de segurança só serve para prender, mas não serve para evitar o crime.

Em TemPo:


O serviço de inteligência da Policia Civil deve receber grandes investimentos, para poder se antecipar as ações do crime organizado que hoje opera com recursos tecnológicos os mais modernos e dispõe de boas fontes de informação.   

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