A luta de classe se caracteriza pelo confronto entre os
trabalhadores e a burguesia nacional ou se preferir, entre os oprimidos e os
opressores. Duas classes consideradas antagônicas. A luta de classes se manifesta nos terrenos econômico, ideológico e político.
Está em jogo nesta eleição, a disputa pelo já conquistado e o
avanço na direção de novas conquistas pelos trabalhadores, os negros, as
mulheres, os homossexuais, em suma: por aqueles que antes do Partido dos
Trabalhadores (PT) chegar ao poder eram invisíveis para os nossos governantes.
Do outro lado está a elite rica, formado pelos empresários que não querem abrir
dos seus privilégios e crescem e se fortalecem num país onde o fosso social que
separa ricos diminuiu bastante, com a chegada ao poder de um partido criado por
trabalhadores.
A elite brasileira atual continua com a sua cabeça no passado,
nos tempos da escravidão, onde o pobre e o negro viviam em senzalas. Ainda hoje,
nos bairros ditos nobres de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba,
Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, os trabalhadores domésticos só podem
usar o elevador de serviço.
Toda essa campanha organizada e orquestrada pelas emissoras de
televisão e sites de noticias contra a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e
o PT, na realidade é contra os negros que freqüenta as universidades, contra os
pobres saíram da pobreza extrema e contra as mulheres que ascenderam
socialmente e politicamente.
Não estou advogando a favor de corruptos, sejam eles de
esquerda ou de direita, tentado passar mão na cabeça de mensaleiros, mas
querendo fazer justiça para com um partido que lutando contra a existência de
uma guerra civil, o que poderia já ter acontecido, se o PT não tivesse reduzido
a pobreza e criado condições para que os pobres pudessem se livrar do chicote
implacável do fazendeiro, do latifundiário e do escravocrata.
O Brasil não é um paraíso, mas poderia ter se transformado num inferno, caso a miséria e a pobreza não tivessem sido atacadas com programas sociais do tipo Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
O governo que acabar ou diminuir o número de pessoas e famílias assistidas pelos programas sociais hoje em curso, estarão jogando este país no abismo.
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