sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O PSB não digeriu Marina Silva

A verdade é uma só: são muitos os pontos de divergências a separar socialistas históricos do pessoal da Rede de Sustentabilidade. Com Marina Silva, incluída.

O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o cientista político Roberto Amaral, agendou para o dia 29 de setembro, na próxima segunda-feira, a eleição de 35 membros da diretoria do seu partido. Seis dias antes da eleição para presidente da república, o que obrigou à convocação de Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente da república na chapa encabeçada por Marina Silva, para tentar convencer o presidente do seu partido a adiar uma eleição que na opinião de muitos pessebistas, acabará desviando o foco dos dirigentes desse partido que estão diretamente envolvidos na campanha da dona do movimento Rede de Sustentabilidade (RS), que nunca foi socialista e está usando essa sigla que lhe abrigou, para tentar fazer um atalho para o seu projeto político.

Não é segredo para ninguém, que Marina Silva sempre foi vista com reservas pelos socialistas históricos, como o cientista político Moniz Bandeira(foto) que acaba de divulgar uma carta aberta a Roberto Amaral, onde esse historiador mostra as enormes divergências que separam Marina Silva e a sua turma do PSB.

A falta de sintonia entre Marina Silva e o PSB ficou bastante evidente, logo após a renuncia de Carlos Siqueira, um dos coordenadores da campanha de Eduardo Campos e fiel seguidor de Miguel Arraes, avô do ex-governador do estado de Pernambuco, morto num acidente aéreo no dia 13 de agosto passado.    
  
Tem muita gente vendo na decisão de Roberto Amaral de manter a data da eleição dos novos membros da diretoria do PSB, uma demonstração de falta de afinidade entre socialistas e os membros da Rede de Sustentabilidade e também para marcar posição.

Dessa situação, podemos tirar duas conclusões: a primeira, de que num eventual segundo turno entre Marina Silva e Dilma Rousseff, o PSB marchará dividido, com um lado do PSB seguido Marina Silva e o outro, apoiando à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. A segunda conclusão é a de que caso Aécio Neves vá para o segundo turno, o PSB irá inteiro para o lado do PT. Esse é o cenário ideal imaginado e desejado por Dilma e Lula.     

Siga o blog Dom Severino no Twitter, no Facebook e no Portalaz

Nenhum comentário: