“Politicamente, as providências anunciadas por Obama fazem sentido porque, como ele
próprio reconheceu, “esses 50 anos mostraram que o isolamento não funcionou.
Fidel Castro aposentou-se. Vestiu agasalho Adidas. Mas não foi deposto”. (Josias de Souza)
A reativação das relações diplomáticas dos Estados Unidos da América
(EUA) com Cuba foi uma decisão sensata e acertada do presidente Barack Obama porque dá um passo muito importante em direção ao fim do embargo comercial contra a ilha dos Castros. O fim do embargo favorece o empresariado norte-americano que vem perdendo um grande mercado
consumidor - que fica a 366,8 km de Miami (EUA). Um mercado que já vem sendo
explorados por canadenses, europeus, chineses e até brasileiros.
Essa decisão histórica do presidente Obama foi tomada após a
Casa Branca ter mandado fazer muitas pesquisas sobre a opinião dos
cubanos-norte-americanos com relação à retomada das relações diplomáticas entre
esses dois países vizinhos, estes que se mostraram favoráveis a essa reaproximação. O
fim do embargo fica por conta do Congresso Nacional que certamente não vai
querer jogar contra os interesses do seu país.
Obama, ao chegar à conclusão de que esse isolamento que já dura mais de
50 anos não funcionou, decidiu por investir na sua imagem internamente e
externamente, uma vez que o espírito comercial do norte-americano ficará do seu
lado.
O tímido avanço de Cuba na direção do livre mercado, algo parecido como
o modelo chinês, receberá um grande impulso com essa reaproximação. O
que os presidentes norte-americanos anteriores não conseguiram, Obama deverá
conseguir, que é instalar o vírus do consumismo num país que aos poucos vem
abandonando os ideais comunistas.
Joachim Arouche
Joachim Arouche
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