Já passado quase uma semana do fim carnaval brasileiro é
tempo de fazermos uma breve avaliação sobre essa festa que a cada ano que passa
menos popular ela se torna, porque os ricos se apoderaram dessa festa que tinha
um caráter eminentemente popular e a transformaram num espetáculo monumental,
mas que dispensa a presença do povão.
Nas escolas de samba - que hoje representam o nosso
carnaval, os pobres não passam de simples figurantes ou empurradores de carros
alegóricos que conduzem as celebridades.
O carnaval piauiense que nunca teve à tradição de ser um
grande carnaval, para reduzir ainda mais a sua importância, recriou o corso, um
elemento do carnaval que se destacou no passado, como sendo um espaço reservado
só para a elite, porque os seus integrantes brinca o carnaval em cima de
automóveis. E no inicio do século só os muito ricos eram proprietários de desse
tipo de veículo.
E hoje o que resta do carnaval brasileiro autêntico, nós
só encontramos nos estados de Pernambuco e Maranhão. Esses dois estados que num
passado recente eram considerados o segundo e terceiro lugares. Com o estado do
Rio de Janeiro, ocupando o primeiro lugar, uma posição que ainda hoje
mantém.
Joãozinho Trinta, o carnavalesco que promoveu o nosso
carnaval à condição de uma das maravilhas do mundo, não viveu tempo suficiente
para se arrepender do grande mal que fez ao carnaval festa do povo.
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