segunda-feira, 2 de março de 2015

Só o mercado salva a economia

“Qualquer programa de gasto social deveria ter alguma fonte de financiamento compensatória, sob a forma de aumento da receita tributária ou de redução de gastos públicos”. (Alan Greenspan)
   
O consumo há anos salva a economia, graças ao crédito mais barato e amplamente disponível, mas a inflação alta levou o Banco Central (BC) a retomar a trajetória de alta dos juros.

Sem consumo, a economia pára naturalmente, porque o ciclo econômico formado pela produção, distribuição e consumo não fecham.

As medidas de ajustes da economia brasileira anunciadas pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, embora sejam necessárias para colocar a nossa economia nos trilhos, no primeiro momento ameaçam o futuro das conquistas sociais que o povo brasileiro alcançou sob os governos petistas, como a redução do programa Bolsa Família que retirou milhões de brasileiros da extrema pobreza.

Diante de um quadro turbulento, onde o país parece está à deriva, não custa nada insistir na tese da convocação de um pacto inspirado no Pacto de Moncloa que permitiu à Espanha reconciliar-se consigo mesma. 

A desoneração da produção adotada pela presidenta Dilma Rousseff em meio à crise financeira internacional que colocou de joelhos muitos países, principalmente os da zona do euro, foi oportuna e necessária, mas o Governo Federal deixou de adotar outras medidas que diminuísse o efeito do impacto da desoneração sobre os repasses do FPE e FPM.

Os estados e as prefeituras com as perdas de receitas provocadas pela desoneração estão de pires na mão e o governo central sem poder socorrê-los. Isso ajuda a piorar uma crise financeira que somada aos escândalos de corrupção colocam o Brasil numa situação de extremo risco.

A paralisação dos caminhoneiros em várias partes do país é um grito de alerta para o que vem por ai.  


Joachim Arouche

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