“Qualquer programa de gasto
social deveria ter alguma fonte de financiamento compensatória, sob a forma de
aumento da receita tributária ou de redução de gastos públicos”. (Alan Greenspan)
O consumo há anos salva a economia,
graças ao crédito mais barato e amplamente disponível, mas a inflação alta levou
o Banco Central (BC) a retomar a trajetória de alta dos juros.
Sem consumo, a economia pára naturalmente, porque o
ciclo econômico formado pela produção, distribuição e consumo não fecham.
As medidas de ajustes da economia brasileira anunciadas
pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, embora sejam necessárias para colocar a
nossa economia nos trilhos, no primeiro momento ameaçam o futuro das conquistas
sociais que o povo brasileiro alcançou sob os governos petistas, como a redução
do programa Bolsa Família que retirou milhões de brasileiros da extrema
pobreza.
Diante de um quadro turbulento, onde o país parece está
à deriva, não custa nada insistir na tese da convocação de um pacto inspirado
no Pacto de Moncloa que permitiu à Espanha reconciliar-se consigo mesma.
A desoneração da produção adotada pela presidenta Dilma
Rousseff em meio à crise financeira internacional que colocou de joelhos muitos
países, principalmente os da zona do euro, foi oportuna e necessária, mas o
Governo Federal deixou de adotar outras medidas que diminuísse o efeito do
impacto da desoneração sobre os repasses do FPE e FPM.
Os estados e as prefeituras com as perdas de receitas
provocadas pela desoneração estão de pires na mão e o governo central sem poder
socorrê-los. Isso ajuda a piorar uma crise financeira que somada aos escândalos
de corrupção colocam o Brasil numa situação de extremo risco.
A paralisação dos caminhoneiros em várias partes do país
é um grito de alerta para o que vem por ai.
Joachim Arouche
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