“Existem
2/3 de pessoas que não dormem porque sentem fome, e 1/3 de pessoas que não
dormem por medo dos que sentem fome”. (Josué de Castro)
Num mundo marcado pelo desemprego estrutural e que tem
como principal consequência a perda do poder aquisitivo da população, o gestor
público deve eleger como prioridade na sua administração, a assistência social.
É que a questão estética e o embelezamento da cidade podem esperar, a barriga
vazia não.
Nos municípios pobres, sobretudo das regiões Norte e
Nordeste, a opção pelos menos favorecidos, pelos excluídos e deserdados da
sorte se impõe. Os deserdados da sorte são os desventurados, pessoas de pouca ou nenhuma posse. São os humilhados e ofendidos
pela baixa posição que ocupam no estamento da sociedade.
Cuidar das pessoas é acolhe-las e socorre-las no momento
de necessidade, assisti-las em qualquer situação e sem fazer distinção. Esse
deve ser o espírito que move todo homem público.
Nos países ricos, como na Europa, onde existe Welfare State ou estado do bem estar
social, não existe miséria absoluta, porque o estado é um agente da promoção social.
Na ausência do estado brasileiro, os gestores públicos devem estabelecer prioridades
de modo a reduzir e amenizar o sofrimento das pessoas mais necessitados.
Cuidar das pessoas necessitadas não é demagogia e
clientelismo político é humanidade.
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