terça-feira, 18 de outubro de 2016

Os patrocínios da CEF deveriam ser investigados



A Caixa Econômica Federal banca os grandes clubes que por sua vez pagam salários estratosféricos aos seus jogadores. Jogador peruano Paolo Guerreiro, por exemplo recebe como salário do Flamengo quase um milhão de reais 

Causa-me preocupação e indignação, o volume de recursos que a Caixa Econômica Federal (CEF) destina aos patrocínios dos clubes de futebol, principalmente dos grandes clubes brasileiros, como o Clube de Regatas Flamengo e o Sport Club Corinthians.
A propósito, no início do ano a Caixa Econômica Federal (CEF anunciou que investirá R$ 113 milhões em patrocínios a dez clubes brasileiros neste ano, sendo que neste ano, esse banco irá patrocinar os dois maiores clubes do estado de Minas Gerais, Atlético e Cruzeiro.
O que eu não entendo é o critério que esse banco estatal usa para patrocinar os clubes de futebol, uma vez que os clubes das regiões Sul e Sudeste são os mais favorecidos pela CEF, como por exemplo, os times de futebol dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e os dois maiores clubes do estado de Goiás. Enquanto que o estado do Maranhão, que tem um clube disputando a série B do Campeonato Nacional não consegue um patrocínio sequer de um banco que é estatal e que opera em todos os estados da federação. 
Isso funciona como um tipo de discriminação, o que reforça os argumentos daqueles que defendem um melhor equilíbrio regional. Se esse banco funciona como um incentivador do futebol brasileiro, a escolha deveria ser feita através de rodízio por estado, sendo que os clubes mais novos e mais pobres deveriam ser os mais beneficiados por esse banco. Se clubes como Corinthians, Sport Clube Recife, Flamengo, Fluminense, para ficar só esses quatros, todos com cem ou quase cem anos de existência não conseguem se manter sem o apoio do governo é melhor fechar às suas portas.
E o que é mais grave: as bancas federais dos estados nortistas e nordestinos não esboçam nenhuma reação contra esse absurdo.

por Trajano de Moraes Sarmento

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