A classe
política de tão em dissintonia com a sociedade brasileira, não consegue
entender o espírito do tempo ou sinal dos tempos, porque se estivesse em plena
sintonia com o povo brasileiro, não cometeria tantos deslizes, erros crassos e
atitudes impudentes, como tem cometido Congresso Nacional.
A Câmara
Federal ao desfigurar o pacote de medidas anticorrupção, na madrugada do dia
29/11, num momento em que o país havia de sofrer um trauma terrível com o
desastre que ceifou a vida de 71 pessoas na queda do avião da LaMmia - na
província de Antioquia na República da Colômbia, praticou um ato de sabotagem
contra a Operação Lava-Jato e o Brasil.
O Senado
que quase foi induzido ao erro pelo seu presidente ao votar um requerimento de
urgência, para a votação do Projeto de Lei 4850/16 que prevê um pacote de
medidas contra à corrupção, foi salvo de um constrangimento de dimensão
nacional ao votar contra a aprovação de um requerimento que permitiria colocar
em votação a toque de caixa, um projeto de interesse do senador Renan
Calheiros, que quer se vingar da Operação Lava-Jato, leia-se, do Poder
Judiciário, o MPF e a Polícia Federal.
A tempestade perfeita contra
Renan Calheiros
O destino
do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tudo indica, será muito parecido com o do
seu companheiro de partido, o ex-todo poderoso, Eduardo da Cunha, que hoje está
hospedado na prisão da Policia Federal em Curitiba, vendo o céu nascer
quadrado. Renan Calheiros que de tanto mexer
com pedras, uma delas acabou caindo sobre sua cabeça. O senador Renan
Calheiros que resolveu desafiar o Poder Judiciário e tomar os brasileiros por
‘tolos e descerebrados’. Esse político alagoano que acaba de virar réu no STF e
ainda tem 11 inquéritos tramitando contra ele na Suprema Corte, e esse número
poderá aumentar mais ainda com a homologação das delações da Odebrecht.
O mundo
de Renan Calheiros, um dos mais ladinos políticos brasileiros na atualidade,
parece que começou a cair, com o julgamento de uma ação que o transformou em
réu, por crime de peculato.
Embora
não diga que está sendo encurralado pelos acontecimentos, a aparência de Renan
Calheiros é de quem anda sofrendo de insônia e que começa a ser abandonado pelo
partido, assim como foi o seu companheiro de aventuras e partido, Eduardo
Cunha.
Entender
o 'espírito do tempo' é ter a capacidade de discernir a mudança de humor e o
nível estresse da sociedade - para com os seus "representantes".
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