quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

“Amor de Salvação”



O amor é um tipo de sentimento que nos faz sentir atraído pela outra pessoa, de modo a que nos dediquemos e nos devotemos a ela. Existem dois tipos de amor: o amor carnal e o amor espiritual. O amor carnal entra na vida do outro, mas não se prende ao outro, pensa somente em si, pensa somente em satisfazer as suas vontades pessoais, desejos e prazeres. É muito exigente, sem ser recíproco. Já o amor espiritual é solidário, não exige da outra pessoa além daquilo que ela lhe possa oferecer sem exigir sacrifícios.
Quando há amor verdadeiro entre duas pessoas, elas projetam e trabalham com objetivos comuns, ou seja, de modo a construir um patrimônio e fazê-lo crescer e prosperar. Já numa relação onde só existe desejo, vontade e prazer, aquele que se sente inferiorizado na relação, dependente do outro; trabalha para que o seu companheiro dilapide um patrimônio às vezes construído com muito sacrifício. No segundo caso, quando o dinheiro acaba e o parceiro ou parceira não consegue mais satisfazer às exigências da pessoa amada, o amante foge, desaparece, sem deixar um recado sequer. Nesse tipo de relação, podemos substituir a palavra amor por paixão, onde a razão nunca prevalece.

O amor de uma mãe para com um filho é um amor que se manifesta de maneira incondicional - esse, podemos classificar como sendo amor espiritual, um amor verdadeiro. Um amor que se doa, sem exigir nada em troca. Por isso é que nós os filhos devemos ouvir e seguir tudo aquilo que nos é apresentado como conselhos e orientações para a vida por um ser que nos ama incondicionalmente. Desnecessário dizer, que a mãe só quer o bem do seu filho.
Quero agora tratar de um assunto específico, que é a aceitação pela mãe da maneira de agir e ser do filho, assim como ele é. Entendendo a sua natureza, a sua verdadeira essência; o que leva qualquer mãe a entender a vontade e todos os desejos do seu filho. Como por exemplo: uma mãe aceitar a homossexualidade do seu filho, como sendo humana, demasiadamente humana, para ser recriminada e reprimida, em nome de valores que uma sociedade hipócrita impõe. Mas esse amor de mãe não pode ser cego e a mãe em nome desse amor, não deve tapar os olhos para a realidade circundante, quando o seu filho ao invés de trabalhar para que os negócios da família cresçam e prosperem, ele esbanja, dissipa e acaba provocando a ruína da família.
Repito, a mãe, embora ame de maneira incondicional o seu filho não pode e não deve permitir que ele haja irracionalmente, de maneira a comprometer um patrimônio duramente conquistado. O que poderá levar a família à bancarrota ou a miséria absoluta. Quando isso acontece, o falso amante e os amigos fogem pela janela.
Qualquer pessoa minimamente inteligente e que viva à luz da razão, não pode se deixar levar por um sentimento que ela julga ser amor, mas que não passa de uma paixão avassaladora, que faz com que o amante só busque o prazer na relação. É fácil descobrir o verdadeiro amor do falso: bastando apenas observar a maneira como a pessoa com quem convivemos ou por quem nutrimos certo sentimento, trata os nossos interesses, nossos bens e as nossas economias.
A história mundial está repleta de casos envolvendo pessoas que, levadas por um sentimento ou um vício, que supera a razão, as levaram a cometer desatinos, a consumir a si e aos bens, ao viverem desejos, vontades e paixões que julgavam ser amor verdadeiro. 
Quando todos os recursos morais e espirituais usados para convencer a outrem do caminho do vício que anda trilhando, do erro que anda praticando forem esgotados, não resta outra alternativa que não seja apelar para a separação dos bens, antes que as loucuras de uma paixão irracional levem a família à ruína. Inspirado no Padre João Mohana

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