quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Revista Veja aderiu ao governo Temer



A capa da revista Veja, edição de número 2511 com a seguinte manchete: “Marcela Temer, a aposta do governo” e o artigo da última página dessa mesma revista, a Guerra aos Fatos, assinado por J.R. Guzzo dão bem o tom na nova postura dessa revista semanal, que fez uma oposição sistemática aos governos Lula e Dilma.

Nenhum dos problemas que o país vive no momento foi criado nos sete meses de atuação do governo que ai está; os direitos autorais dessa desgraça toda pertencem unicamente aos seus antecessores. Mas o debate político atual parece decidido a declarar Guerra aos Fatos”, diz J.R. Guzzo. Uma pergunta que não quer calar: onde estava o vice-presidente da república de Dilma Rousseff no seu primeiro e segundo governo? O PMDB que participou dos dois últimos governos com quase uma dezena de ministros e mais de três mil cargos no segundo e terceiro escalões é também responsável pelos desmandos administrativos desses governos.

A revista Veja que investiu na queda da ex-presidenta Dilma Rousseff, tenta desesperadamente salvar o governo que ela ajudou a colocar no lugar do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), o que não vem conseguindo, haja vista, o novo governo do PMDB ser formado por políticos remanescentes de governos anteriores, todos eles viciados em poder e com mais de quatro décadas de ribalta. Um governo formado por políticos que o povo brasileiro não confia e que quer deles distância.

É uma tremenda tolice dizer que esse ou aquele órgão de imprensa não é subserviente, não tem lado e que não cede à pressão do governo de plantão. Como não ceder se todos os órgãos da imprensa nacional dependem de publicidade do governo? Nenhum jornal impresso, TV, site de notícias e rádio sobrevivem só de assinaturas e publicidade.    

Querer isentar Temer e o PMDB da responsabilidade pela tragédia que se abateu sobre o Brasil é no mínimo desonestidade intelectual. O governo Temer é uma repetição dos governos anteriores, sem tirar nem por.

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