quinta-feira, 20 de julho de 2017

Ninguém está a salvo




Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões”. (Geraldo Vandré)


Numa escala de importância, o problema da segurança pública no Brasil aparece liderando os assuntos que mais preocupam a sociedade brasileira. Ocorre que este país nas últimas três décadas, vive num permanente estado de guerra civil. Uma guerra que está mobilizando, além do aparato policial (polícia militar, civil e a Força Nacional), as forças regulares (Exército e a Marinha), para conjuntamente, combaterem o exército da contravenção. Até aqui sem sucesso, porque a violência continua aumentando em todo o país.

Num ambiente de muita insegurança e incerteza, está o jovem brasileiro, sem perspectiva de um futuro menos inseguro e sem nenhuma garantia de que o estado brasileiro lhe proporcione inserção no mercado de trabalho.

O jovem brasileiro, sobretudo o menos favorecido, diante desse mundo de incerteza, torna-se vulnerável e uma presa fácil das investidas do exército e da indústria do narcotráfico que acenam para os nossos jovens inseguros e indefesos, com um mundo de glamour, armas de última geração (que aparentemente lhe darão segurança), uma jornada de trabalho muito flexível e drogas para combater o medo na hora da execução das suas tarefas.

Diante de um quadro que se revela bastante assustador, é fácil concluir que nenhum brasileiro está a salvo de uma violência que de há muito tempo, já assumiu um estado de guerra civil e de uma doença social.

E o que fazer diante de uma situação como essa de extrema gravidade? Só com a redução da pobreza, com a diminuição das desigualdades sociais, será possível acabar com a violência ou reduzi-la a um nível aceitável e tolerável. Com estado oficial se impondo ao estado paralelo.

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