Com o passar do tempo e a distância que colocamos entre nós,
esquecemos uns dos outros. Esse é um processo natural.
As coisas, a distância e as nossas preocupações cotidianas, nós
fazem esquecer até de quem um dia amamos e julgamos ser a coisa mais importante
das nossas vidas.
Quando concluímos que o passado é algo distante e que não vale à
pena reconstruí-lo nas nossas mentes, é que o passado só existe para nós como memória.
Como uma coisa abstrata que se vê como uma imagem embaçada pelo tempo. Como
quem olha pelo retrovisor em momentos de chuva.
Nos esquecemos uns dos outros, não por que queremos, mas pelas
circunstâncias que nos obrigam a pensarmos, primeiro no que está próximo de nós
e isso quase que nos obriga a fazermos opções pelo que está presente no nosso
cotidiano.
Quando pensamos que fomos esquecidos e que também esquecemos, isso
não nos conforta, mas nos livra de nos julgarmos pessoas sem vínculos e sem
saudades.
Quem resolve um dia se aventurar pelo mundo, acaba sem raízes e
sem passado.
Por Joachim Arouche
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